quinta-feira, 31 de maio de 2012

Viajante dos versos

Ah, se eu tivesse coragem
De te tocar a cintura
Te abraçar à força,
Te lascar um beijo
E mesmo sem jeito
Segurar teu queixo
E meticulosamente
Invadir tua mente
Com meus beijos lascivos
Que passíveis
Ao teu fervor...
Ao teu calor...
Ao teu sabor...
À você meu bem!
Iriam além
Somente por teu alguém
Para te fazer feliz

E para te fazer feliz
Gastaria minhas economias
Que sem muita valia
Levariam somente você
À tua linda Toronto
Só para ver teu sorriso
Florescendo ao vento lento
Como em um vil conto

Ah, se eu tivesse coragem
De iniciar a ideia
Que libertaria meu coração
Desta duvidável e estranha
Gostosa sensação
Que me faz imaginar
Utópicas situações
Nesta triste e notável
Fiel solidão
De um pobre coração

quarta-feira, 30 de maio de 2012

quarta-feira, 16 de maio de 2012

A flecha e o corvo


Atirada!
Assim começa seu vôo
Com um destino de dado viciado
Ela persegue o alvo: o corvo.

Cortando o gélido vento
Que sopra do noroeste
Ela forma a parábola
Que já amedronta a peste

A flecha como a vida
Acerta a negra ave
Que sem demora no "agora"
Adormece no eterno

Fez o seu trabalho
A flecha é retirada
E assim começa outra caçada.


sexta-feira, 11 de maio de 2012

Me deixa

Já nem consigo dormir
Pois tua imagem vem à minha cabeça
E, em meu sono eu já não sonho
Pois lembrar-te já não é prazer

Já me disseram: Esqueça-a!
Mas nessa tarde em meus "sonhos"
Senti tua aura circundar-me
E acalentar-me com o amor que sempre quis
E isso foi um SONHO que rápido vivi.

O que beber pra te esquecer?
O que fumar pra te perder?
Como livrar-me de tuas lembranças?
Se por você sempre tenho ânsia!

Já caminho na estrada platônica
Onde no final há um precípicio
E não há mais teus vestígios

Lá caírei
E finalmente
Te esquecerei

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Apagar-te ainda é tentativa

Esquecer-te
É como tentar tocar a lua
É como tentar respirar no vácuo,
Tentar dançar tango no compasso,
Tentar curar a doença incurável

Querer-te longe daqui
É como lutar desarmado
Com o lutador mais hábil
Onde a fuga é invísivel
E a vitória dorme no vazio

Recordar-te é minha sina
Pois me faz poetizar
Sobre você menina !

Contudo, quero lembrar
Que uma hora ou outra
Esse amor vai deixar de perdurar

sexta-feira, 4 de maio de 2012

O Mágico

A mágica deu errado
O coelho não saiu da cartola
A platéia o vaiou
Trazendo o sofrimento que era outrora

Ajoelhou-se diante da platéia
Implorando compreensão
E sem hesitação
O "não" saiu sem compaixão


terça-feira, 1 de maio de 2012

Amanhã talvez não dê tempo

Amanhã talvez os pássaros já não voem
Talvez a água já não molhe
O sol já não aqueça
E as estrelas já não brilhem

Amanhã talvez a dor já não se sinta
Talvez os homens já não nasçam
Os palhaços já não sorriam
E as fotos já não recordem

Amanhã talvez a agulha já não costure
Talvez as folhas já não caiam
O sonho já não se sonhe
E os passos já não deixem rastros

O amanhã talvez não amanheça
E teu amor pode não ser expressado
Então não cale-se agora!
Ou o arrependimento será selado