domingo, 29 de abril de 2012

Parecia impossível

Os ventos gelados
Se chocam com meu corpo
A escalada parece não ter fim
Me deixando em estado louco

Só vejo neblina que não finda
E sinto as rochas cada vez mais lisas
Minha queda já é iminente
E parece vir incontinênti

Porém lembro do teu ser
Que logo me engrandece
E centímetro por centímetro
A fumaça branca desaparece

O topo já me é visível
E o monte ínfimo
A esperança então retorna leal
Me levando até o final

sábado, 28 de abril de 2012

Difícil aceitar

Mesmo rejeitado
Ele ainda a ama
Sem saber a ilusão
Que já o chama com grande chama

Bestificado por tal donzela
O cavalheiro se sente domado
Por tal leoa indomável
Que a seus olhos se eterniza
E em sua mente se aloja
Onde, sem medida nele pisa

O cavalheiro então percebe
Que a batalha já foi perdida
Deita rente ao vale
Desejando como nunca a visita da morte
Que egoísta não aterrissa
Lhe dando mais anos de vida
Onde o jovem espera aprender
A amar um outro algúem
Que recíproco seja também

sexta-feira, 27 de abril de 2012

Impotência

Tremendo eu estou
Calafrios viajam em meu corpo
Não consigo nem pensar
No que pode acontecer

Por que acreditas em palavras alheias?
Se a verdade somente eu vivi
Agora estou sendo atormentado
Pelo medo do que posso passar e sentir

A tristeza já me acolhe
E sem dificuldade eu a aceito
Porque talvez já não se tenha jeito

Repito
Não consigo parar de tremer
Meus olhos já querem chorar
E agora só me resta esperar

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Fatos

Enquanto José lava seu carro
Carla vai às compras
E Arnaldo vai à banca

Rodrigo apenas sangra
E abraça a depressão
que corta tal coração